terça-feira, 27 de agosto de 2013

21 DE AGOSTO DE 2013 - 17H10 

Câmara aprova regulamentação da profissão de educador social 


A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (21) o projeto de lei que regulamenta a profissão de educador e educadora social, de autoria do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE). A matéria teve como relator o deputado Assis Melo (PCdoB-RS), que emitiu parecer favorável ao projeto. A atuação desses profissionais está direcionada para as pessoas e comunidades em situação de risco, violência e exploração física e psicológica.


Câmara aprova regulamentação da profissão de educador social 
Assis veste camisa contra acúmulo de função de motorista e cobrador.
Segundo o autor do projeto, “educadores e educadoras sociais renovam o compromisso com a democracia, com a justiça social, com a defesa do patrimônio cultural e pela defesa dos direitos humanos, baseados na convicção de que outro mundo é possível”. E lembrou que países como França, Holanda, Bélgica, Suíça, Itália, Uruguai, Alemanha, Canadá, Portugal, fazem parte de um movimento internacional que conta com a participação de mais de 40 países que vêm lutando pela regulamentação e formação em nível de graduação e pós-graduação dos educadores e educadoras sociais, dos quais muitos obtiveram êxito.

Ele diz ainda que “a criação da profissão de educador e educadora social, além de valorizar estes agentes que tanto contribuem para o enfrentamento da dívida social brasileira, pode suscitar importantes debates acerca da educação no seu sentido mais pleno, respondendo ao genuíno atendimento de interesses e necessidades sociais de nosso tempo”.

Na mesma sessão da Comissão do Trabalho, o deputado Assis se somou à luta dos trabalhadores do transporte coletivo urbano, trocando o terno pela camiseta do movimento contrário ao exercício cumulativo das funções de motorista e cobrador. O ato ocorreu porque a matéria, de autoria do deputado Vicentino (PT-SP), com relatoria favorável de Assis Melo, entrou em discussão na ordem do dia. A votação do projeto está prevista para ocorrer na próxima semana.

Da Redação em Brasília


Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=221886&id_secao=1

sábado, 3 de agosto de 2013

Orientadores social do Creas temem demissão após nomeação de educadores

Eles denunciam falta de estrutura, além de defasagem na equipe técnica de psicólogos e assistentes sociais e atraso no recebimento de vale-transporte


Nathália Bormann/Folha de Pernambuco
Família diz que atendimento é essencial no processo
A dona de casa, C. A., 37 anos, é mãe de um adolescente de 17 anos que está em liberdade assistida, ou seja, cumpre medida socioeducativa em meio aberto. O jovem foi apreendido em 2012 pelo ato infracional equivalente ao tráfico de drogas. Há seis meses que a família, moradora da Zona Oeste do Recife, vem sendo acompanhada por um orientador social vinculado ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), do bairro da Boa Vista. “O atendimento domiciliar é tudo para nós. É ele que nos da voz quando nos orienta a exigir nossos direitos. Além disso, é uma força emocional porque não é fácil ter um filho nestas condições”.
No entanto, uma comissão formada por orientadores sociais denunciou à reportagem da Folha de Pernambuco que eles seriam afastados por causa da nomeação realizada pela Prefeitura do Recife, na última segunda-feira, de 60 educadores concursados. “Nos informaram que seríamos desligados. Ficaríamos no cargo por mais um mês apenas para repassar a demanda para os novos contratados”, afirmou um dos representantes, que preferiu não ser identificado. Outra problemática relatada pela comissão está relacionada à falta de estrutura do próprio Creas. A unidade tem o teto com infiltrações, faltam equipamentos, há demora no agendamento de carro para atendimentos de casos urgentes, atraso no recebimento de vale-transporte, além da defasagem na equipe técnica de psicólogos e assistentes sociais.
Segundo a assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, a secretária da pasta Ana Rita Suassuna informou que não existe data para que os atuais orientadores sociais sejam substituídos. Isso acontecerá a longo prazo porque eles não são concursados, mas só acontecerá quando o efetivo atual for dobrado. Sobre a estrutura do Crea a gestão está analisando as necessidades de cada unidade para pode fazer uma requalificação.