A reunião foi iniciada com forte representação da classe trabalhadora (SINDSEPRE,SIMPERE,AFREM,EMPRE
FINANÇAS
Roberto Chaves Pandolfi, Engenheiro, 59.
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GOVERNO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Sileno Souza Guedes, Economista, 45.
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DESENVOLVIMENTO E PLANEJAMENTO URBANO
Antônio Alexandre, Administrador de Empresas, 49.
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ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE PESSOAS
Marconi Muzzio, Administrador de Empresas, 39.
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Obs: Os demais participantes foram, assim como eu e Isabel(IASC/
Início:
O secretario Roberto Chaves Pandolf(Finanças),expôs para a todos os presentes por via de slides,gráficos de estudos sobre a evolução da economia em anos anteriores e a situação atual. Os gráficos indicam números negativos, projeções de um cenário de afunilamento dos recursos em todas as esferas. Pandolf citou também o FPM e o ISS que é o ponto forte da arrecadação da capital, e que também representam um cenário preocupante para a gestão da cidade. Também podemos observar o calculo feito sobre o impacto da pauta geral do SINDSEPRE E DO FÓRUM DOS SERVIDORES, e que toda ela totalizaria um acréscimo de R$ 240.000.000,00(duzentos e quarenta milhões) na folha do município, o que representaria (+ou-) duas vezes e meia a mais do é gasto hoje com pessoal. Outros dados foram expostos sobre nomeação de novos servidores concursados, inclusão ao quadro de servidores que estavam em situação de contratação temporária, tudo isso nas secretarias de saúde e educação, além da questão do piso dos professores. Essas ações teriam custado dezenas de milhões de reais (não lembro os números agora, se eu não me engano só a questão do piso custou mais de R$ 27.000.000,00). Um dado importante também exposto foi o do crescimento da arrecadação (pouco mais de 18%) comparado com o crescimento do gasto com pessoal (quase 18%), o que gerou praticamente um empate.
Após a explanação do secretario de finanças,os secretários Sileno Souza Guedes(Governo e Participação Social) e Marconi Muzzio(Administração e Gestão de Pessoas) colocaram para o grupo a sua frustração com relação aos números e davam a entender que não seria possível termos ganhos salariais esse ano(em nenhum momento colocaram que não haveria aumento,essa era a impressão mas nada de martelo batido,ainda estávamos no começo da mesa). Ao avanço dos discursos, já contando também com a colaboração do secretario Antônio Alexandre (Desenvolvimento e Planejamento Urbano) a gestão colocou a proposta de mudança na metodologia da negociação. A metodologia seria a de um número menor de servidores sentarem com determinados técnicos da PCR (que estavam presentes) para através de estudos aprofundados dos dados apresentados chegarem a um consenso relativo à(s) pauta(s) de reivindicação (geral e setoriais). Além disso, essa mesa seria permanente, possibilitando discussão continuada das reivindicações, e sempre que viável atender as demandas da classe trabalhadora avaliando a evolução da economia municipal.
A proposta da gestão foi também de marcar uma nova mesa para o dia 31/05,e só após tudo isso(estudos aprofundados,consenso sobre a pauta geral e próxima mesa) é que seriam marcadas as mesas setoriais.
Ao fim dessas colocações foram abertas inscrições para fala dos representantes dos trabalhadores. A maioria das falas caminhou no sentido de criticar a falta de contraproposta da gestão. O novo modelo de negociação não agradou aos representantes para aquele momento, pois no entendimento dos trabalhadores essa proposta deveria ter sido exposta meses antes e que cada dia representa perda salarial, que as dificuldades são crescentes, que o preço da cesta básica aumentou ferozmente dentre outras questões. Líderes dos trabalhadores fizeram provocações a gestão(frases ilustrativas abaixo):
“Aqui não estão presentes secretários de vital importância para essa negociação, solicitamos a presença dos secretários de saúde, educação, dentre outros e é difícil entender porque não vieram”
“nós já fizemos a tarefa de casa,agora o dever é de vocês dar uma contraproposta”
“Não vamos dar uma contraproposta à nossa própria proposta”
“Temos responsabilidade com a classe trabalhadora que representamos, definimos uma agenda, uma próxima assembleia foi marcada justamente para darmos uma resposta à base e vamos sair daqui sem uma resposta?”
“Não rejeitamos essa nova metodologia, inclusive essa é uma de nossas reivindicações, mas que ela seja aplicada de forma permanente sim, discutindo outras questões mais amplas e que seja aplicada para próxima negociação a partir de janeiro de 2014.”
“Ao meu entender a resposta da gestão é zero de aumento”.
“Não podemos esperar mais, dia 31 está muito longe, precisamos sair daqui com uma resposta concreta”
Os secretários fizeram suas colocações também(frases ilustrativas abaixo):
“Isso aqui é uma mesa de negociação, logo estamos querendo construir junto com vocês um limite prudencial, um número, um consenso por via de um estudo técnico mais aprofundado dos números apresentados”
“Ninguém aqui falou em zero de aumento”
“Os servidores são muito importantes, mas também estamos preocupados em cuidar de milhões de pessoas lá fora”
Após muitas intervenções, e explanações dos representantes e dos secretários. O grupo dos trabalhadores solicitou um tempo de 20min para discutir. A gestão cedeu o tempo se retirando do recinto. Dentro desses 20min todos que quiseram tiveram oportunidade de falar,muitos já propunham uma greve, o SINDSEPRE(maior dos sindicatos) propôs uma unificação de todas as categorias e entidades presentes caso houvesse uma greve,colocando que em outras ocasiões apenas o SINDSEPRE ficou em GREVE,enquanto outros que frequentam a assembleia do SINDSEPRE e dão discursos de GREVE não fazem o mesmo dentro das entidades que representam. Houve um momento acalorado, mas cientes do pouco tempo restante os líderes caminharam para uma proposta de consenso para a gestão:
· Solicitar uma resposta da PCR até o dia 23(quinta-feira) pela manhã. Recusando a aplicação imediata da nova metodologia de negociação proposta e mantendo o padrão clássico. Ou seja, a PCR deveria se comprometer em dar um número concreto, um valor percentual, como sempre foi feito em negociações anteriores.
Os representantes do governo retornaram a mesa, a proposta foi dada, e após várias argumentações a gestão acatou a solicitação dos trabalhadores, por via de uma boa abordagem consensual do secretario Antônio Alexandre (Desenvolvimento e Planejamento Urbano), e evidentemente com o respaldo de constantes conversas ao pé do ouvido entre os secretários durante a reunião. Só foi feita uma ressalva por parte da gestão, também por via da fala do secretario Antônio Alexandre, de que essa resposta ao coletivo dos representantes dos trabalhadores fosse dada na sexta-feira pela manhã (24h depois do que havia sido pedido) por conta da agenda dos secretários.
A assembleia entrou em consenso e na sexta-feira dia 24/05 será dada uma contraproposta por parte da gestão.
A reunião foi finalizada.
Obs: Esse texto trata-se de um relato pessoal meu enquanto observador,consta nele o que tive de entendimento diante do que vi,ouvi e do que não me faltou a memória,pois tratou-se de uma reunião relativamente longa da qual não tomei nota.
Fagner Valença - 81 88602357 / 81 99120887 / 81 92377661
Educador Social - IASC
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